Padronizar é preciso!

A diversidade das fórmulas de cálculo usadas pelas empresas para os mesmos indicadores dificulta as comparações e pode levar a grandes diferenças de resultados. Segundo um levantamento[1], diferentes formas de cálculo levaram a diferenças de até 47% na medida da rotatividade, justificando a necessidade de padronização.


[1] – Castle, Nicholas G. Measuring Staff Turnover in Nursing Homes, http://gerontologist.gerontologyjournals.org/cgi/content/abstract/46/2/210. Acesso em 26.01.08.

Política de retenção de colaboradores

Os industriais paranaenses pesquisados dizem que nos momentos de baixa produção: irão “manter os funcionários contratados” (50,98%); “darão férias coletivas” (31,73%); “farão um banco de horas” (27,99%); “reduzirão o nível de emprego” (21,21%); “reduzirão a jornada de trabalho e manterão os salários” (6,24%) e “reduzirão a jornada de trabalho e os salários” (1,78%).

Fonte: XIII Sondagem Industrial 2008. 2009: A visão dos líderes industriais paranaenses. FIEP SEBRAE

Profissionais-chave e a rotatividade

A Rotatividade Geral, que mede as entradas e saídas do conjunto de empregados pode ser útil em muitas ocasiões. Mas, alguns grupos profissionais podem merecer um acompanhamento mais direto. Assim, pode valer a pena acompanhar a rotatividade de grupos específicos, como: gerentes, supervisores, profissionais da área de P&D e outros. Segue um exemplo do impacto que alguns profissionais-chave podem ter no negócio:

A consultoria Independent Project Analysis, especializada em benchmarking na área de gerenciamento de projetos, mensurou um atraso médio de 12% no cronograma, nos casos em que houve substituição do líder do projeto, comparativamente a projetos similares em que o líder permaneceu.

Uma interessante análise da Rotatividade

Setores como Varejo e Call Centers têm uma Rotatividade tipicamente elevada. Nesses tipos de negócios, uma Rotatividade de 40% pode ser considerada Classe Mundial. Em muitos casos, a Rotatividade pode ser correlacionada com a política salarial adotada. Salários menores correspondem a Rotatividade mais elevada. Trata-se, portanto, de uma estratégia de negócio.

Veja mais: http://www.hrcapitalist.com/2008/11/64-percent-turnover-sometimes-thats-pretty-good.html (em inglês).

Capacitação das equipes técnicas

A IDCON, empresa de consultoria norte-americana, identificou uma indústria que estima perder 37% de sua equipe de manutenção nos próximos 7 anos, tomando como base a aposentadoria com 63 anos de idade em média. Embora a realidade brasileira seja bastante distinta, análises semelhantes podem antecipar problemas e permitir que ações de capacitação das equipes sejam tomadas em tempo hábil para evitar prejuízos. Afinal, com o arrefecimento da crise, o “apagão de pessoal” voltará a ser tema das conversas dos profissionais de RH

Fonte: Pulp & Paper International. September 2009. p. 13.

A rotatividade deve ser adequada à estratégia da organização

A Rotatividade ideal é aquela em que a organização consegue reter seu pessoal bem qualificado e substituir aqueles que apresentam deficiência no desempenho. A rigor, o valor ótimo dependerá da situação específica de cada organização e do mercado. Portanto, é importante entender que a rotatividade deve ser adequada às peculiaridades do setor e à estratégia da organização. Assim, é esperado que a rotatividade ótima no varejo seja superior aquela de uma empresa de software, por exemplo.